segunda-feira, novembro 30, 2009

ALÉM E AQUÉM



Sinto o abismo se aproximar
sem que eu consiga me afastar.
Quanto mais perto dele permaneço
parece que enlouqueço.
É um chamamento cruel e atraente,
pensamento doente
de alguém impotente.
Luto pela sensatez de dias anteriores.
Jaz aqui inocência passada.
O abismo me fascina e horroriza.
Sou temente ao desconhecido
mas, também reagente ao conhecido.
Saltar para o além
ou
Ficar aquém....

Quanto mais entendo meu passado...
mais rebelde se torna meu presente
e obscuro, meu futuro.

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segunda-feira, novembro 30, 2009

REFLEXO... OXELFER


Quem é você ???
mulher estranha cujo reflexo desconheço
por que reflete tão amargurada e dorida imagem?
Penso que lhe conheço algum traço,
mas dessa pessoa que lhe falo
guarda agora tão-somente... uma miragem.

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sábado, novembro 28, 2009

VAZIO


Estou cheia desse vazio que completa meus dias!
Cheia de um vazio vadio
Corpo vivo em alma morta
Onde estou que não me ouço gritar?
por que, sabendo-me cristã, não me ouso ajudar?
se me falam dores, calo
se me trazem flores, retraio
Dias há, como hoje, sinto o fel a amargar o coração
em nada acreditar, de tudo e todos me desapegar
do mundo me abandonar
nas esperanças, falhar

Hoje a minha alma vaza lágrimas
por uma sensação de vazio
que não consigo controlar.

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quarta-feira, novembro 25, 2009

A MENINA DOS FÓSFOROS



Conto de Natal de "Hans Christian Andersen"

Estava tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre menina seguia pela rua fora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de atravessar a rua correndo para fugir de um trem. Um dos chinelos desapareceu no meio da neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para a irmã mais nova brincar.


Por isso, a menina seguia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles a todos que passavam, dizendo: — Quem compra fósforos bons e baratos? — Mas o dia tinha ido mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre criança! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava.

Sentou-se no chão e encolheu-se no canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o vento metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de uma lareira cheia de ferros rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e a lareira desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.

Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente como tule. E a menina viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de louças delicadas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da menina. O fósforo apagou-se, e a pobre menina só viu na sua frente a parede negra e fria.

E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as vitrines das lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras desceu em direção à terra, deixando atrás de si um comprido rastro de luz.

«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe à vezes: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»

Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!

— Avó! — gritou a menina — leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como a lareira, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda.

Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços e, soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus.

Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída uma menina, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… morta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos. — Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! — exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo

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quarta-feira, novembro 25, 2009

SEMEANDO AMOR



Dar à alguém todo o seu amor,
não é garantia de que esse mesmo alguém amará você também.
Não espere o Amor como retorno.
Apenas espere que ele cresça nesse alguém.
Mas, se isso não acontecer... fique feliz por ele ter crescido em você.

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segunda-feira, novembro 23, 2009

O HOMEM NO METRÔ (humor em flash)


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segunda-feira, novembro 23, 2009

QUERO EU...DE VOLTA PRA MIM

Neste Natal,
que o papai noel seja especial
e traga meu eu de volta pra mim...
envolvida em belos laços de cetim carmim,
de alma calma e olhar pueril,
a luzir polidez
no sorriso querubim.
Que traga eu nas mãos abertas
porções generosas de afetos.
Que traga eu no coração leve e sereno
graças sagradas e gratidão eterna.

Abraço-me com carinho fraterno...
Quero eu... de volta pra mim !

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domingo, novembro 22, 2009

ENQUETE RÁPIDA

Oi, gente amiga!
Resolvi mudar meu layout / template e gostaria de saber se vocês gostaram.
Aguardo feed-back no comentário.

Um beijo amigo a todos!

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domingo, novembro 15, 2009

CONTO LÚDICO DE NATAL

Clique e ouça uma bela mensagem de Natal (áudio em inglês)


contos de Natal

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terça-feira, novembro 10, 2009

NATAL CHEGANDO...


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